Não sou feminista mas também não compartilho a opinião de que a mulher foi feita para servir ao homem (marido) e à família; mas penso que é nesse papel que determinadas mulheres se realizam. Não temos o direito de julga-las pejorativamente.
O ideal de realização pessoal tem que ser realmente compromissado com o eu interior. Não se faz ninguém feliz se não for feliz. Talvez, historicamente falando, a mulher tenha sido condicionada a “ser realizada” atrelada à figura masculina, como aquele que a dará o papel de senhora, mulher respeitada, mãe de família; fantasia própria da mulher e seus valores subjetivos.
Avaliando como papéis a serem desempenhados ou decisões culturalmente introjetadas, vemos que há um caminho sendo percorrido pelas mulheres. É um caminho psicológico e social que deve ser analisado com olhos neutros e não só com os que reafirmam a posição pré-concebida. Muito foi conquistado (socialmente falando), mas, como escreveu Cyro Martins, no seu livro “A Mulher na Sociedade Atual”, a mulher mantém uma atitude de ambivalência ante o seu ideal de emancipação social.
Neusa A. Mendes
Real ou imaginária é uma cena bonita de se ver. Ela é possível e importante na vida da mulher, tanto daquela que está no mercado de trabalho quanto da que somente desempenha o papel de mulher dona-de-casa.