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Ter ou não ter filhos, eis a questão.

A mulher foi escolhida para engravidar. Nosso corpo foi constituído de útero, ovários, seios, hormônios, para que possamos procriar. Fisiologicamente estamos aptas para tal tarefa (fora algumas exceções). Nosso corpo muda, há alguém crescendo dentro de nós; sou mãe por opção e confesso que essa foi a minha primeira grande realização. Mas a maternidade também é recebida com alguns conflitos; a perda do respeito dos pais, a perda de um corpo com curvas, sem marcas, a perda do seu tempo, poder dormir à noite toda, acordar na hora desejada (acho que nos fins de semana), a liberdade de ir e vir. Apesar de saber que são conflitos reais, entendo melhor como medo. Medo do novo, de não conseguir ser responsável por uma vida, uma criaturinha que nos emociona, mas que dá medo. Mas tão logo ela nasce, você se apaixona de uma forma irreversível por essa "pessoinha" que por vezes nos faz pensar como era possível ser feliz antes dela. Querer ser mãe, deixar-se engravidar é uma decisão que deve ser mais racional do que emocional. Por isso respeito e apoio as mulheres que optam por não fazerem parte desse grupo. Afinal ela é dona do seu corpo, do seu tempo e do seu querer.
Relatos aflitos de mães que deixaram de realizar alguns sonhos porque o "casamento" lhes impôs essa condição: -"Casou-se e agora já pode ter filhos", nos mostram que tornaram-se infelizes, não pelos filhos, mas, pela imposição de te-los. O que lhes é imposto mina as energias, sufoca os sonhos e enfraquece determinações. Ser mãe não anula na mulher o ser produtiva socialmente, não lhe tira o direito de trabalhar, de se fazer bonita,
de se gostar. O que extirpa da mulher sua feminilidade e a sua liberdade é a imposição.
"Mulher que não é mãe, não é realizada como mulher" - mito, puro mito. A maternidade faz feliz a mulher que quer ser mãe, que usa as suas condições psicológicas e fisiológicas para decidir se quer que o seu corpo geste ou não. Tendo a certeza que qualquer das duas decisões não será nenhum impedimento para ser feliz e realizada.

Neusa A. Mendes



Seus pezinhos, meu amor, agora tão frágeis, mas o seu corpo também o é. Eles te sustentam mas você é toda a fragilidade.
Vendo você assim tão indefesa, sinto vontade de chorar, chorar como agora, mas é de felicidade por saber que a menina que você é agora, um dia crescerá, será uma mulher e seus pés agora tão frágeis levaram você para a vida, para o mundo, para aonde o seu coração mandar.
É lindo, meu amor, é singelo vê-la evoluir: Bebê... menina... mulher, você é a evolução humana, você é parte desta coisa maravilhosa chamada ser humano. Você é parte da minha evolução, você veio de mim, isso me realiza.
Obrigada, meu amor, por você ser assim tão meiga, tão real, tão espontânea. Amo a criança que você é. Amo você minha criança, minha futura mulher!
Para minha filha Tatiana - 1981.
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