Mulher, terapeuta, que vive diariamente nesse universo tão cheio de conquistas e responsabilidades. O dia a dia nesse universo se apresenta tão diversificado, que me chamou a atenção para criar um grupo onde nós mulheres, podemos nos reunir e trocar conhecimentos e emoções; e juntas encontrar respostas que nos fortaleçam não só como mulher mas como ser humano na sua totalidade.
*** Hoje à noite, uma mulher olhou dentro dos meus olhos e disse: - Vá, seu coração pede e pode ir. Seu tempo é agora. Vá e ache o seu caminho para uma liberdade de amar, de sentir, de se dar como mulher com todo o seu potencial. Eu estava em frente ao espelho! Virei-me e me vi só no meu quarto, no meu existir. Tornei a olhar para o espelho e lá estava ela, e ela me disse: - Veja a mulher que há em você, eu estarei sempre com você, esteja aonde estiver, mas lembre-se que o mundo não é feito de espelhos; procure sentir-me. Nós duas somos "você". Acredite! Sentí, então, que era eu a mulher do espelho. (1991)
Neusa A. Mendes
Uma lei em favor da mulher
A lei número 11.340, decretada em 07 de agosto de 2006 foi chamada de Lei Maria da Penha em homenagem à vítima homônima, que sofreu durante seis anos agressões com duas tentativas de assassinato por parte do marido. A principal intenção da lei é restabelecer as relações inter-pessoais envolvidas nos dramas a fim de que haja um entendimento entre os membros das famílias. Sabemos que a agressão à mulher não fica somente nas classes mais baixas; o agressor está em todas as classes sociais e que há agressões e intimidações psicológicas e, nós mulheres, se não aprendermos a nos valorizar como pessoa, a lei (que é extremamente importante) não vai nos protejer de nós mesmas. A auto-estima é uma arma poderosa para podermos saber dizer não! Basta! No entanto, sabemos também que há inúmeros motivos emocionais que mantém a mulher nesse esquema de auto-destruição; portanto é imperativo que haja um trabalho psicológico voltado exclusivamente para a mulher. Lutamos durante anos para ser o que conquistamos ser, mas não podemos esquecer que mulher forte combina com vaidade, ternura, fragilidade, flores, lágrimas e sorrisos; afinal ser feliz vai além do que se diz. Neusa A. Mendes
Nosso grupo irá debater e analisar temas profundos como a violência contra a mulher; necessidades pessoais da mulher-pessoa; sentimentos causados pela solidão, rejeição, etc; estigmas sociais sofridos pelas mulheres; o que nos leva a aceitar o amor não correspondido/desigual; o abandono masculino na criação dos filhos e outros temas. Clique no cartaz 'Assuntos a serem debatidos'.
"Começar de novo e contar comigo, vai valer a pena ter sobrevivido". (Ivan Lins e Vitor Martins)
Momentos terapêuticos
Uma pessoa que cresce
Sinto-me como se estivesse em outro mundo e talvez esteja, quem sabe! Às vezes me pego lá dentro, num lugar que ainda não vivi, mas que é meu e que está a minha espera. É como se eu estivesse espreitando, tomando conhecimento, até talvez me preparando para esse mergulho. Porém confesso que é um caminhar doído, com perdas e ganhos, e que nesse momento não se sabe o que dói mais. Preciso estar só comigo para ver esse desabrochar, essa coisa só minha. Não que seja só desta maneira mas quero ver sozinha. Só quero estar neste momento num lugar em paz onde "eu e eu" estivéssemos a sós para poder gritar e dizer: - "Seja bem vinda! Há muito tempo eu te esperava.". 1983 - Neusa A. Mendes
Uma pessoa a caminho de si mesma
Anda! Seu andar é lento mas seguro Seu sorriso é triste, indeciso mas profundo. Suas lágrimas são constantes mas necessárias. Seu grito é abafado mas com respostas. Cresce! Seu crescimento é doído mas inevitável. 1883 - Neusa A. Mendes
A terapia nos dá oportunidade de saber quem somos e se queremos ser essa pessoa. Máscaras caem, mecanismos tão conhecidos se vão e no final ficamos frente a frente com o novo SER. Se dê a oportunidade de escolha! Conheça-se.
"Começar de novo e contar comigo Vai valer a pena ter amanhecido Ter me rebelado, ter me debatido Ter me machucado, ter sobrevivido Ter virado a mesa, ter me conhecido..."
(Ivan Lins / Vitor Martins)
FALTA ALEGRIA EM NOSSAS VIDAS (LYA LUFT)
Meu Deus, como andamos chatos, dei-me conta outro dia. Não paramos de reclamar. Muitas vezes com razão: os impostos, o custo de vida, o desemprego, a violência, a prolongada adolescência dos filhos, a súbita falsidade de alguém em quem confiávamos tanto, a velhice complicada dos pais, a pouca autoridade das autoridades, a nossa própria indecisão. As rápidas mudanças na sociedade, alguns ainda tentando arrastar o cadáver dos valores que precisam ser mudados, outros tentando impor a anarquia quando a gente devia era renovar, não bagunçar. Pensei que uma das coisas que andam ficando raras é a alegria, e comentei isso. Alguém arqueou uma sobrancelha: - Alegria? A palavra está até com cheiro de mofo... Tanta coisa grave acontecendo, tanta tragédia, e você fala em alegria? Pois comecei a me entusiasmar com a idéia, e provocativamente fui contando nos dedos os motivos que deveriam levar a que o grupo se alegrasse: a lareira crepitava na noite fria, uma amizade generosa circulava entre nós, três bebês dormiam ali perto, na sala ao lado, ouviam-se risadas e, apesar de sermos na pequena roda mais ou menos calejados pelas perdas da vida, tínhamos os nossos ganhos em experiência, amores, conhecimento, esperança. Nenhum de nós desistira da jornada. Nenhum de nós era um malfeitor, um ser humano desprezível, ao contrário: a gente estava na luta, tentando ser decente, tentando superar os próprios limites. Havia marcas da passagem do tempo em todos os rostos: ninguém se fizera deformar pelo fanatismo da juventude eterna, mas todos se gostavam o suficiente para não se deixar cair feito um trapo velho. Olhei em torno e gostei de nós: ali se viam belos cabelos pintados e belos cabelos brancos, rostos interessantes que tinham visto muita coisa, bocas marcadas que haviam dado muitas risadas e pronunciado palavras amorosas, mas também falado coisas duras, silenciado quem sabe ternuras difíceis, ocultado queixas que deveriam ter sido lançadas. Mãos que tinham segurado bebês, conduzido crianças, confortado adolescentes, cuidado de velhos doentes, fechado pálpebras, dirigido automóveis, segurado ombros, fendido ondas, tapado o rosto em pranto solitário - quantas vezes? Éramos tão humanos, tão desvalidos e tão guerreiros, o pequeno grupo de amigos diante de uma lareira na noite fria, como centenas, milhares de outros, homens, mulheres, crianças, entre os dois mistérios do nascer e do morrer. Repeti a minha pequena heresia: - Eu acho que uma das coisas que andam faltando, além de emprego, decência e tanta coisa mais, é alegria. A gente se diverte pouco. Andamos com pouco bom humor. Erico Verissimo, velho amigo amado, uma de minhas mais duras perdas, me disse quando eu era muito jovem: "Lya, em certos momentos o que nos salva nem é o amor, é o humor". Um riso bom ou um sorriso terno em meio a toda a crueldade, falsidade, hipocrisia, violência de acusações abjetas, de calúnias vis, de corrupção escandalosa, de desagregação familiar melancólica, de mentira secreta e venenosa podem nos confortar e devolver a esperança.
Grito de alerta
"Primeiro você me alucina Me entorta a cabeça E me bota na boca um gosto amargo de fel Depois vem chorando desculpas Assim, meio pedindo Querendo ganhar um bocado de mel Não vê que então eu me rasgo Engasgo, engulo, reflito e estendo a mão E assim nova vida é um rio secando As pedras cortando e eu vou perguntando "Até quando?" São tantas coisinhas miúdas Roendo, comendo, arrasando Aos poucos com o nosso ideal São frases perdidas num mundo De gritos e gestos Num jogo de culpa que faz tanto mal Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errado E o quanto já fiz destruir Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio E que já não dá mais pra engolir Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta E eu busquei a palavra mais certa Vê se entende o meu grito de alerta Veja bem, é o amor agitando o meu coração Há um lado carente dizendo que sim E essa vida da gente gritando que não"
Bilhete
"Quebrei o teu prato tranquei no meu quarto bebi teu lícor. Arrumei a sala, já fiz tua mala pus no corredor Eu limpei minha vida te tirei do meu corpo te tirei das estranhas fiz um tipo de aborto e por fim nosso caso acabou, está morto jogue a cópia da chave por debaixo da porta para não ter motivo de pensar numa volta fique junto dos teus boa sorte e adeus"
Letra: Nelson Gonçalves Música: Ivan Lins e Vitor Martins
Não importa onde você parou
Não importa onde você parou... Em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é possível recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida e, o mais importante... Acreditar em você de novo. Sofreu muito neste período? Foi aprendizado... Chorou muito? Foi limpeza da alma... Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia... Sentiu-se só diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos... Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora... Onde você quer chegar? Ir alto? Sonhe alto... Queira o melhor do melhor... Se pensarmos pequeno... Coisas pequenas teremos... Mas se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor... O melhor vai se instalar em nossa vida. Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.
Carlos Drummond de Andrade
"Quero perceber tudo com calma mesmo em meio a correria ,sentir que a vida é quente mesmo quando se diz fria, fazer da vida um canto mesmo sem melodia, amar as pessoas sendo elas João ou Maria." Mena Moreira